terça-feira, 8 de junho de 2010

A Fantástica Fábrica de Chocolates

Meu pai sempre diz que o importante é gastar dinheiro com algo que lhe dê retorno. Seja financeiro ou apenas um momento de prazer a médio ou longo prazo. Gastos são necessários para a sobrevivência. E gastos lucrativos são necessários para o desenvolvimento.

E daí que o Ronaldo comprou uma Ferrari? Supondo a funcionalidade de um carro - ligar o ponto A ao ponto B, ou se preferir, levar uma pessoa do ponto A ao ponto B - e sabendo que você pode comprar um Zero Km por aproximadamente 20 mil Reais (acho que é o preço mais baixo de 0km né?), gastar 500 mil Reais em um carro ultrapassa o limite de ter um objeto de conforto, confiabilidade e desempenho para se tornar apenas um objeto de luxo, uma vez que você encontra carros tão potentes, confortáveis e confiáveis quanto uma Ferrari por 100 mil. Se você o tiver para gastar.

Mas o fato é que o Ronaldo QUIS gastar a grana que gastou naquele carro, porque ele obteve um retorno no momento da compra: a satisfação pessoal de um menino favelado realizando um sonho que nem 0,001% dos meninos favelados já realizaram até então.

Acontece que o mundo mudou. Hoje não somos mais proletários que trabalham para cumprir a função social de existir e sustentar uma família. Carro, roupa, telefone, computador e outros objetos eram apenas funcionais e hoje, tornaram-se sonhos de consumo. Quem não quer um iPhone, um Citröen C4 Pallas ou algo que o valha, roupas caras que eu não me atrevo a chutar uma marca (porque senão a Thais vai dizer: Aff, isso é tão last week...), um Mac Book e outras coisas que fazem outras pessoas terem inveja de você?

Você pode nem saber usar tudo o que esses objetos oferecem, mas com certeza o sentimento de "Eu tenho e você não" é superior à funcionalidade que o objeto te oferece e você não a utiliza e o mercado descobriu que pode despertar isso nas pessoas e o pior: descobriu como fazer aquele proletário que executava uma tarefa funcional com objetos funcionais para a sobrevivência deixar de ser um em bilhões e se tornar exclusivo. Não é difícil entender porque o nível de felicidade dos países aumentou. Descobriram a fonte da felicidade...

Descobriram o crédito. Parcelas a perder de vistas. Juros e dívidas que até Deus duvida. Duvida tanto que aposto que ele também recebe umas faturinhas no final do mês da Visa e da Master Card.

Acontece que muitas pessoas são espertas o suficiente pra saber não gastar e ainda assim influenciar quem não pode comprar a vista e se enfia em dívidas sem fim para comprar esses objetos de desejo - mesmo sem essas pessoas espertas o tê-lo, de fato.

O mercado fonográfico não é mais movido à música desde quando alguém gravou uma performance ao vivo de um grupo de musicos e chamou aquele curta metragem de "Video Clipe". Vender música sempre foi uma desculpa que os artistas usaram para vender muitas outras coisas que seus patrocinadores oferecem.

Talvez não fosse tão feroz antigamente como é agora, mas quantas pessoas não queriam ter o mesmo corte de cabelo e mesma roupa que os Beatles? Moptop é algo hype até hoje.
Quem nunca quiz comprar instrumentos musicais iguais aos de seus artistas favoritos.

Aliás: me falem o nome de 10 pessoas que começaram a tocar POR CONTA PRÓPRIA sem imitar o estilo de ninguém, apenas viu um instrumento, descobriu (sozinho) que ele fazia barulho e daí por diante trilhou uma carreira musical sem influencia alguma. Dez pessoas é muito, acho que não existe. 5 é o suficiente.

A propaganda é a maior arma para que o nosso mercado atual gire em torno de sonhos cada vez mais luxuosos de desejo sem muita funcionalidade. Mesmo que esses sonhos de consumam possuam alguma, o importante no final é o lado de fora mesmo...

Não estou reclamando, se não fosse assim, minha vida não seria maravilhosa como é hoje, mesmo eu não tendo tudo aquilo o que eu cobiço, mas tendo coisas que me iludem tão bem quanto...

Basta ligar a TV e ver artistas cantando em luxuosos carros, em luxuosas casas ou hotéis, comendo luxuosas comidas com luxuosas roupas e acessórios e, sendo assim, ele (ou ela) sempre conquista a pessoa mais bacana da festa. Uma pessoa que deixa de ser uma pessoa para se tornar um objeto de desejo, um sonho de consumo. Uma pessoa da qual você não conquista pela vida que você leva, mas pelas coisas que você tem. Sejam essas coisas conquistadas de forma "digna" (trabalhando 10 horas por dia, juntando hora extra e se metendo em dívidas) ou NÃO (nascendo num lindo berço de ouro).

No final é tudo um clichê. Por mais que refutemos a ideia de que não vale a pena juntar rios de dinheiro atrás de objetos que, no fundo não vão dar retorno a médio ou a longo prazo - apenas um retorno a curto prazo até você terminar de fazer inveja pra todos e eles não ligarem mais pra você - sendo que, sempre que vermos na TV, nos jornais, nas revistas, na internet, ou em qualquer lugar, algo que, apenas por um segundo, coce no cérebro, quando tivermos a oportunidade de comprá-lo, compraremos!

E tudo acaba virando "cópia, da cópia, da cópia"... Afinal, o inferno é a repetição... repetição... repetição... repetição... repetição...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Far Away

Eu estou sem a porra da minha internet.

A treta com a Telefônica é antiga. Desde quando meu número de telefone era 3844-4965, ou seja, faz tempo, muito tempo.

Talvez, as únicas pessoas que se lembrem desse número são: além da minha família, os caras do Garrafa Plástica e a Thaís.

Resultado: Eu sempre perco e a Telefônica sempre vence. Estou numa Lan House.

Escrevi um post lindamente magnífico que se encontra no meu notebook, como estou sem internet e sem pendrive, não tem como tirar de lá tão cedo.

Então, fica pra próxima ;D

Por hoje, só manterei atualizado, sem revolta, sem elogio, sem comentários.

Eu tava ficando deprimido de ver meu blog com uma atualização do mês passado. E eu tinha prometido tentar manter periodicidade.

Mas eu fiquei incapacitado, right?


Beijos.

domingo, 25 de abril de 2010

Benvindos

Tentando seguir à risca o tal do novo regulamento de ortografia da língua portuguesa.

Antes de mais nada, para me conhecerem melhor(caso queiram), gostaria que visitassem meu antigo blog bieldomal.

E eu prometo tentar manter uma certa periodicidade neste blog. Ou não!

Para iniciar com algum pé (seja o direito ou o esquerdo), vou logo falando da minha particularidade, afinal, meu blog não tende a ser noticioso, mesmo eu estudando para ser um jornalista (estudando, logo, com diploma acadêmico, apto a trabalhar em cozinhas e restaurantes. Eu sei, já perdeu a graça, mas é força do hábito).

Se tem algo que eu realmente gosto de fazer é produzir músicas - compor, revisar, gravar, editar, lançar e executar - mas é claro que "lançar" uma música, comercialmente, ainda não faz parte da minha realidade. Ainda, eu disse!

Hoje mesmo, dia 25 de abril, pouco antes de eu estar no cinema assistindo "Alice no País das Maravilhas" (é, odeio megahypes nerds que citam os nomes dos filmes como no original. "Alice in Wonderland" minha pica! com todo o respeito), eu estava em Paulínia, Cidade Feliz, acompanhando os primeiros passos da banda Swift.

Foram 3 músicas ao vivo durante o ensaio e depois iniciamos as preparações para gravar e produzir a primeira música própria da banda (primeira, diga-se de passagem, que será gravada conforme manda o protocolo). Claro que, durante o ensaio, como bom ouvinte e "opinador" que sou, dei umas pontinhas (não de maconha, seus dorgados!) que, ao meu ver, melhorariam algumas coisas em algumas músicas, como por exemplo em "Bad Romance" da Lady Gaga.

Sobre a Swift:
Extremamente underground de garagem e independente, com alguns pequenos shows no currículo e duas meninas na formação (o que aumenta o grau de interesse da platéia em seus shows, não sei exatamente o porque, mas...), tendem ao Hardcore Melódico com algum peso e riffs elaborados, quase caindo no Post Hardcore. Seus integrantes possuem técnica e experiência o suficiente pra segurar as músicas sem perder tempo e afinação e a vocalista tem uma voz tão poderosa que, eu preciso dizer, nasceu no lugar errado! Esero realmente que alguém importante a veja cantando. Nunca vi cover tão perfeito de Paramore como vi hoje. ("Misery Business" não lá uma música tão fácil de ser cantada se você não é a Hayley Williams).

A banda Swift é formada por: Camila (vocais), Weby e Flávio (guitarra), Bia (baixo) e Luciano (bateria).

Em breve a banda disponibilizará o material que está sendo produzido por mim (:D).
Quem se interessar, só procurar no Orkut!
Banda Swift de Paulínia - SP.


Abraços!